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Um poema de Mário Faustino

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Volto aqui a um belo poema de Mário Faustino, um autor que em sua juventude conviveu com alguns de meus mais diletos mestres do campo da literatura em Belém do Pará. Faustino é um autor ainda hoje, sob muitos aspectos, incomparável, um dos maiores em língua portuguesa, embora com uma produção pequena, enxuta, talvez em razão de seu perfeitismo , uma virtude que o levou a escrever muito pouco (falo de poemas, claro). Ler um poema de Faustino nos joga no centro de uma questão necessária a quem escreve: a da natureza da poesia hoje, que oscila quase sempre entre um neoparnasianismo injustificável, um simplismo "em favor da comunicação" e um visualismo neoconcreto desanimador.  Os poemas de Faustino não são simples nem banais, porque produtos de uma "técnica literária" que em momento algum é bijuteria no poema . BALATETTA Por não ter esperança de beijá-lo Eu mesmo, ou de abraçá-lo, Ou contar-lhe do amor que me corrói O coração vassalo, Vai tu