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Dilema





O amor, esse dilema
que desparafusa, desgasta.

Vem, descansa esse corpo
na aba mortal do meu ombro,
que o mundo hesita, balança.
Não que girasse antes
sempre contínuo e constante,
como estável monolito.

Sempre seguiu aos tropeços,
entre a alegria e a vingança,
entre o silêncio e o grito.
Mas eis que agora está torto,
muito mais torto que outrora.

O mundo hesita, balança.

Fora marcado no berço
com explosões a cada hora.
E uma vez que esfriou,
não sabe o que fazer por ora
com os incêndios que criou.

Tal como os amores que um dia
ao cair a tarde fria,
não entendem o que o fogo apagou.

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