Dilema
O amor, esse dilema que desparafusa, desgasta. Vem, descansa esse corpo na aba mortal do meu ombro, que o mundo hesita, balança. Não que girasse antes sempre contínuo e constante, como estável monolito. Sempre seguiu aos tropeços, entre a alegria e a vingança, entre o silêncio e o grito. Mas eis que agora está torto, muito mais torto que outrora. O mundo hesita, balança. Fora marcado no berço com explosões a cada hora. E uma vez que esfriou, não sabe o que fazer por ora com os incêndios que criou. Tal como os amores que um dia ao cair a tarde fria, não entendem o que o fogo apagou. Sep 15th, 2019