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Mostrando postagens de janeiro, 2016

O oposto da inércia

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Há quanto tempo isso está assim?  Um dos elementos formadores da palavra administração traz a ideia de movimento.  Administrar tem a ver com agir , o oposto da inércia,  portanto .  É isso, simplesmente: fazer com que algo, por impulso ou por atrito, vá pra frente.  Mas como movimentar-se pode ser algo que se faça para quaisquer dos lados (ou mesmo para baixo ou para cima), há quem siga... para trás.  Há muito tempo cogito que um dos grandes problemas do país, talvez um dos mais profundos, porque disseminando-se e expandindo-se, em metástase, é a falta de gestão, sobretudo a gestão pública.  Indicadores Algumas coisas mínimas, porém, precisam ser feitas, se se pretende gerir algo.  Uma delas é ter indicadores para medir o que se faz, ter os números de nosso desempenho. Um dos sinais de que gerimos predominantemente mal está no fato de que os nossos administradores (sobretudo os gestores públicos) não medem nada. Sem saber os números...

Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria... se só te restasse este dia

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A canção apocalíptica de Paulinho Moska traz uma provocação: "O que você faria se só te restasse este dia? Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria... se só te restasse um dia." Se não mudarmos o rumo da história humana no planeta, não nos restará mesmo muito mais tempo.  A pergunta de Moska deixa então de ser uma jogada poética – e passa ao estado de uma verdadeiramente incômoda interrogação existencial. "Se o mundo fosse acabar, me diz o que você faria se só te restasse um dia..." Tenho usado essa música como abertura de algumas de minhas palestras mal chamadas de "motivacionais". Na tela do projetor, uma sucessão de imagens (dramáticas, sim) do que temos sido de insanidade e ignorância nos últimos tempos. Quando a música cessa, fica na tela a pergunta: "O que você faria?" Quem se aventura a responder apresenta muitas vezes depoimentos cuja natureza é doloroso aqui reproduzir (e eu não o faria). Percebemos então que a percepç...