Aço
Eu trouxe a morte diante de mim, tão perto de ti quanto podia, até o gemer do aço temperado dessa espada fria, a fria lâmina de todas as desditas dos sedentos deste poço que esvazia a água de seu próprio rosto. Eu trouxe a morte; eu vivo a morte como quem devora a última comida cheia de fumaça e ri no topo de uma escada em espirais de veneno (um veneno que devasta) tomado da verde alegoria que enfeita o carro dos mortais que um dia vestiram aquela fantasia. A morte, primeiro antepasto que eu comia a olhar o oceano vasto onde me afogaria é mãe do horror e filha da desgraça. Eu deixo a vela, a vela desse funeral embaixo da janela porque não posso mais e tudo passa. Soprada pelo vento, onde está ela? Onde estarás? Talvez entre os umbrais. Quem sabe esteja na taverna, em que a última cerveja foi servida a Barrabás, enquanto aquela outra, encharcada de vinho, espera e não sabe o que faz. Eu sei a morte, a morte foi meu ninho. Tu só depois de morto a sa...