Josi Maués: dois poemas a fórceps
Josi Maués Consegui arrancar na semana passada, a fórceps, dois poemas da querida amiga Josi Maués. Há três décadas, em "nossa juventude universitária" (kkkk), nossos primeiros poemas foram premiados num concurso estadual (se não me engano) e publicados em livros. Desde então, e por longos anos, sempre voltei à leitura daqueles oito ou dez textos de sua lavra, quando sentia a necessidade de retomar o contato com a forte dose lírica de uma escrita não automatizada. Josi me passava em seus poemas a sensação de uma verdade, legibilidade e audácia que encontrei em poucos poetas daquele nosso tempo, no Pará, a maioria plenos de hermetismos, "silenciosos" demais, às vezes quase incomunicáveis, excelentes para si mesmos. Ainda hoje é raro que encontre nas coisas que leio o envolvimento sedutor que me acolhe nos poemas de Josi; não... não é uma questão técnica: é a identificação com uma... forma de escrita – que me devolve à poesia e ao poema.